CAMINHO
DE LUZ
Como
sempre, estou pesquisando atrás de assuntos, e como quero entender melhor as
Leis Divinas, e no meio das pesquisas, veio vários links de João de Deus, mas
já escrevi sobre ele, no dia 18 de maio desse ano, mas quando vi um outro link
das pessoas curadas e com um vídeo, achei fascinantes . Espero que curtam, e se
quiserem ir nesse pequeno lugar de paz e de Luz, vão em frente!Ele aparece
sempre as quartas, quintas e sextas feiras.
Luiz
Carlos Nunes aguardava na fila de atendimento quando João de Deus o encarou e
mandou que passasse à frente. Nunes foi orientado a sentar numa poltrona no
centro da grande sala da Casa Dom Inácio de Loyola, em Abadiânia, interior de
Goiás, a 117 quilômetros de Brasília. João de Deus, o mais procurado cirurgião
espiritual em atividade no mundo, colocou um lençol branco sobre o dorso de
Nunes como uma preparação para um corte de cabelo. Depois, acomodou um
travesseiro nas suas costas, enquanto rasgava com desprezo uma embalagem onde
estava envolto um bisturi, aparentemente novo. Estava com olhar perdido na
plateia. Ao se aproximar de Nunes, João de Deus afastou os cabelos que
encobriam um tumor cancerígeno diagnosticado três anos antes. Apertou o caroço
localizado no canto superior direito da cabeça com os dedos e fez um corte
horizontal de 2 centímetros. Por duas vezes, revira o bisturi no corte. Depois,
o solta e aperta a fenda até sair um espesso líquido branco.
Um
fio de sangue escorreu sobre o rosto de Nunes, respingando no manto branco.
Como uma pinça, o médium remexeu de novo no corte até extrair o suposto tumor
que levou Nunes de São Leopoldo, região metropolitana de Porto Alegre, Rio
Grande do Sul, à Abadiânia. Com um chumaço de gaze, enxugou o sangue que
brotava da fenda. Pressionou a gaze várias vezes sobre o corte de modo brusco.
Nunes parecia estar num estado de semi-vigília. De olhos fechados, sua cabeça
ia para trás e para frente como se tivesse caindo no sono na poltrona de casa.
João
de Deus pegou uma nova gaze e começou a limpar a parte direita do rosto de
Nunes. Logo abaixo do olho direito, havia um outro tumor cancerígeno. O médium
rasga uma nova embalagem de bisturi, encara os presentes e se volta mais uma
vez para o rosto de Nunes. Faz um corte na maçã do rosto e espreme o corte até
extrair outro caroço, em uma operação que dura 30 segundos. Em seguida,
assistentes de João de Deus erguem a cadeira onde Nunes estava sentado Nunes e
o levam até a sala de enfermaria, contígua a grande sala de atendimentos. Era
quinta-feira, 12 de outubro de 2000. “Senti apenas que estavam mexendo na minha
cabeça, mas não dor”, lembra Nunes que, hoje, 15 anos depois não tem sequer a
marca dos dois cortes.
Nunes
havia tentando se operar com médicos formados por duas vezes. Em ambas, foi
mandado para casa com a explicação que a cirurgia não era uma boa alternativa.
Além de perder os movimentos do rosto e a visão, uma operação não iria alterar
seu prognóstico – que não era nada bom, 2 a 3 meses na melhor das hipóteses.
“Os médicos diziam que o melhor que eu tinha a fazer era levar meu marido para
casa. Para morrer em casa, eles queriam dizer”, diz Eraci, a esposa de Nunes.
Diante
desse diagnóstico sombrio, o gaúcho Nunes recorreu ao médium. Tinha ouvido
falar de João de Deus pela primeira vez um ano antes, quando um primo lhe
contou sobre supostos milagres do cirurgião espiritual. Até então, Nunes estava
familiarizado com a mediunidade como membro da Cavaleiro de São Jorge, uma
fraternidade da Umbanda com influência do espiritismo de Allan Kardec. Mas não
conhecia João de Deus pessoalmente. Naquela época, também estava precisando de
ajuda. Tinha um problema intestinal grave cujo principal sintoma eram diarreias
frequentes. A médica havia constatado a presença de um câncer no intestino e de
divertículos (pequenas bolsas na parede do intestino grosso) e sugeriu uma
cirurgia imediata. Nunes pediu um tempo e viajou a Abadiânia, em 18 de junho de
1996.
Quando
foi atendido por João de Deus, a quem chama de “pai”, o radialista falou que
estava com um câncer no intestino. “Ele me disse ‘Filho, dessa doença você está
curado, mas não vai parar de vir a esta casa’”, contou. O pedido soou como uma
ordem e, desde então, não houve um ano em que ele tenha deixado de ir à Casa
Dom Inácio. Ele lembra que, antes de regressar a Campo Bom, cidade a 20 km de
São Leopoldo (RS), a diarreia começou a diminuir e ele sentia-se melhor.
Em
casa, correu para a médica para fazer novos exames. Já na consulta, seu estado
geral deixou a especialista espantada. “Eu disse que estava me sentindo bem e
ela duvidou, me encarou com um olhar desconfiado”, lembra Nunes, sentado em uma
poltrona ao lado de Eraci no pequeno apartamento de dois quartos em um
condomínio simpático a 26 km de Porto Alegre. Apesar da fé no tratamento de João
de Deus, Nunes queria saber se havia tido uma melhora real e aceitou se
submeter à bateria de exames. Naquele dia, ficou das 14h às 20h no hospital
fazendo um check-up completo.
Quando
retornou para saber dos resultados, a médica estava de novo estupefata. “Ela
disse que dava para ver claramente cortes suturados no intestino como se fossem
de uma cirurgia”, contou Nunes. O radialista disse que não havia sido operado.
Ela, então, o examinou meticulosamente atrás de cortes no abdômen. Não
encontrou nada – nesta primeira sessão, João de Deus não usou bisturi, fez a
chamada “cirurgia” sem corte, a mais utilizada pelo médium. As operações sem
corte são, na verdade, sessões de reza e meditação com foco no problema do
paciente. “Achei melhor não contar que havia ido à Abadiânia porque ela não ia
acreditar”, confessou Nunes.
Nunes
e Eraci se conheceram em uma viagem para Abadiânia, dois meses antes do segundo
diagnóstico de câncer do radialista. Em 1996, Eraci havia ido pela primeira vez
ao encontro de João de Deus na esperança de tratar as dores na coluna terríveis
que só passavam com injeções de corticoides. Ao entrar na fila para
atendimento, foi chamada pelo próprio médium para fazer parte da “corrente”. Na
época, ela não fazia ideia do que se tratava. Depois soube que era um grupo de
pessoas nas quais João de Deus identificava poderes mediúnicos e de
concentração. Elas ficavam reunidas em uma segunda sala, contígua ao salão
principal, onde são realizados os atendimentos. Além de ter se livrado da dor
na coluna, Eraci conseguiu reverter um diagnóstico de leucemia, cujos sintomas
desapareceram. Diante do histórico de sucesso de João de Deus na vida do casal,
eles decidiram voltar em julho à Casa Dom Inácio juntos, depois que médicos
tinham diagnosticado um novo tumor em Nunes, agora na cabeça.
Nascido
em 1942, o médium é um fazendeiro católico semi-analfabeto, pai de 11 filhos de
mulheres diferentes. Quando atende às centenas de pessoas nas quartas, quintas
e sextas, diz estar possuído por espíritos que têm o dom da cura. Seriam mais
de 30 entidades que operam pelas suas mãos. Ou seja, João de Deus estava
tecnicamente fora de si quando rasgou a cabeça de Nunes para extrair o primeiro
tumor. Sua consciência, segundo ele, estaria dominada pelo cirurgião português
Augusto de Almeida, morto em 1941, ou pelo próprio Ignácio de Loyola, santo do
século 14 que dá nome à Casa. Hoje, Nunes é conhecido por lá como o “cyborg do
Dr. Augusto”, em razão das inúmeras cirurgias que já fez com João de Deus.
Aos
nove anos, teve uma premonição. Estava com a mãe visitando parentes no
município de Nova Ponte quando vislumbrou uma tempestade que arrasaria casas,
entre elas a do seu irmão. A chuva veio e destruiu as casas, como João previra.
Mas foi só aos 16 anos que ele decidiu
procurar um centro espírita em Campo Grande. Ele conta que antes havia recebido
a visita de Santa Rita de Cássia, de quem é devoto até hoje. Desde então, nunca
mais parou.
Fundou a Casa Dom Ignácio de Loyola, em 1976,
e sua fama hoje é quase tão grande quanto a do seu mentor, Chico Xavier.
Eraci
e Nunes levam centenas de pessoas em excursões mensais à Abadiânia. Mas não
deixam de ir ao médico. “O pai (como chamam João de Deus) sempre reforça que
não é para abandonar tratamento com seu médico”, diz Nunes. O tratamento em
Abadiânia seria “complementar”.
Geralmente,
quem procura João de Deus já foi desenganado pela medicina ou está há anos em
tratamento sem grandes progressos. O médium não promete cura, mas proliferam
relatos sobre seus milagres. Um dos mais famosos é o de Shirley MacLaine,
responsável por divulgar o nome do médium no exterior.
A
atriz americana diz ter sido curada de um câncer no abdômen com a ajuda de
João.
Em
2012, foi a vez de Oprah Winfrey visitar a Abadiânia e conhecer pessoalmente
John of God. Chegou descrente, para gravar um programa de TV com o curandeiro.
“Fui ao Brasil preparada para duvidar do que os meus olhos vissem”, disse na
época. “Mas o corpo não mente. Quando João de Deus entrou na sala e fez sua
primeira cirurgia, em uma mulher, ele me chamou para chegar mais perto. Fez uma
incisão de uma polegada no seio dela. Pensei ‘Sim, é uma faca mesmo e, sim, é
sangue pingando nas suas calças brancas’. Como isso pode estar acontecendo sem
anestesia, sem ela sequer pestanejar?”, contou Oprah, diante das câmeras, para
a sua plateia. A apresentadora desmaiou durante a sessão.
Foi
amparada por uma voluntária para recobrar os sentidos. Apesar do choque, alega
ter sentido uma profunda e inexplicável sensação de paz e gratidão.
Uma
delas é o americano Matthew Ireland, nascido em Vermont, Colorado. Matthew
ainda hoje passa temporadas na Casa para agradecer. Em 2003, ele desembarcou em
Goiás com um gioblastoma estágio 4, o câncer cerebral mais agressivo encontrado
em humanos. Tinha 27 anos e havia recém-terminado a faculdade. Ele havia recém
gasto suas economias para comprar um camping nas montanhas do Colorado e
dividia seu tempo com a administração do local e como técnico de um time de
basquete de uma escola de Ensino Médio. Foi nesta época que começou a ter dores
de cabeça terríveis.
O
primeiro diagnóstico foi enxaqueca. Só que os analgésicos fortíssimos
receitados por um médico local não fizeram efeito algum. Matthew, então, foi
submetido a uma tomografia. E o radiologista logo lhe avisou: “Há algo na sua
cabeça que precisa ser retirado imediatamente. Nós não temos as condições de
fazer essa cirurgia aqui, mas você precisa ser operado logo”.
O
irmão de Matthew o levou às pressas para Denver, a 8 horas de carro de onde
viviam. Chegando lá, soube que o diagnóstico era bem pior: um tumor maligno,
localizado no centro do cérebro, em uma região inoperável. A única coisa que os
cirurgiões podiam tentar era aliviar a pressão craniana e fazer um desvio para
que os líquidos cerebrais, retidos por causa do tumor, fluíssem melhor. Horas
depois da operação, ele estava cercado pela mãe, o irmão e três amigos de
faculdade que largaram tudo para vê-lo. “Foi a primeira vez na minha vida que
senti o quanto era amado”, contou Matthew a Kelly Turner, autora de Radical
Remission (Remissão Radical, sem tradução no português), livro de casos de
curas milagrosas.
Antes
de receber alta e após uma segunda cirurgia que tornou permanente o desvio dos
líquidos cerebrais, o médico chamou Matthew para decidir o tratamento. Na
verdade, não havia muitas opções. A quimioterapia e a radioterapia
conseguiriam, no máximo, diminuir o crescimento do tumor. Segundo seu
oncologista, Matthew tinha 2% de chances de viver mais de um ano e meio. “Ele
foi honesto e Deus o abençoe por isso. Meu médico salvou minha vida fazendo as
cirurgias e sou eternamente grato por isso”, lembra. “Depois desses anos,
percebi que ele havia feito tudo o que estava ao seu alcance. Só parou quando
não sabia mais o que fazer – e aí algo muito maior me ajudou”, contou Matthew a
Kelly.
O
americano se mudou para a costa leste para ficar próximo da família. Havia
tomado uma decisão séria: “Não vou morrer. Se só 2% dos que têm a minha doença
sobrevivem, bom. Eu serei esses 2%”. Ainda assim, resolveu, apesar da pouca
eficácia no seu caso, fazer radioterapia e quimioterapia. Duas semanas depois
da primeira sessão das duas terapias combinadas, sentia-se péssimo com os
inevitáveis efeitos colaterais. Havia perdido o apetite e o paladar. Um
desânimo tomara conta do seu corpo.
Pior:
não estava fazendo efeito. Uma tomografia constatou que o tumor seguia
crescendo, embora de forma mais lenta. Foi então que um amigo sugeriu a Matthew
que ele fosse ao Peru onde um xamã colecionava casos de cura inacreditáveis. Os
amigos fizeram uma vaquinha e, em poucos dias, deram a Matthew a passagem de
avião. Ele se preparava para ir à América do Sul quando recebeu um recado
estranho. Uma das mulheres que também embarcaria na viagem recomendou que
Matthew trocasse o itinerário. Sua intuição dizia que ele devia ver John of
God, no Brasil. Após pesquisar sobre o médium na internet, Matthew achou
estranha a forma do tratamento espiritual, mas uma coisa o surpreendeu. João de
Deus não cobrava nada. “A ideia de alguém que não trata por dinheiro… Isso me
convenceu que ele realmente queria curar pessoas”, disse.
Matthew
tentou trocar as passagens do Peru para o Brasil, mas não conseguiu. Decidiu,
então, relaxar. Iria ao Peru e, na volta, tentaria uma escala no Brasil para
ver João de Deus. Mas uma vizinha, que não o conhecia direito, soube do caso e
lhe ofereceu dinheiro para a passagem. Ela própria havia tratado um câncer de
mama com o médium brasileiro, e se dizia curada.
Matthew
aceitou e embarcou a Goiás na semana seguinte. Ele não era religioso, nunca
frequentara igrejas e tampouco sentia-se atraído por doutrinas rígidas. Mas, na
primeira noite em Abadiânia, percebeu uma intensa luz no banheiro do quarto de
hotel. Pensou ser a luz acesa, mas não era. Ele via e sentia a presença
luminosa de alguém entrando no quarto e colocando a mão sobre sua cabeça. Uma
sensação de êxtase percorreu seu corpo. “Foi a coisa mais intensa que senti na
vida. E, naquela época, eu não sabia, mas era amor. É isso que é o amor. E isso
é Deus”, contou na época.
Na
manhã seguinte, Matthew vestiu-se de branco, cumprindo a única exigência
requisitada aos visitantes da Casa – os espíritas acreditam que as entidades
captam o campo energético de forma mais rápida quando o paciente está em
coberto por vestes alvas. O americano dirigiu-se à fila de 500 pessoas que
esperavam para ver João de Deus. As centenas de pessoas, concentradas, andavam
a passos curtos até duas grandes salas de meditação. O médium ficava no centro
da maior delas, cercado de ajudantes, entre eles intérpretes que traduzem os
pedidos de estrangeiros. Quando chegou a sua vez, Matthew disse, em poucas
palavras: “Eu gostaria de ficar curado do meu câncer cerebral.” João de Deus o
encarou por um momento e disse: “Primeiro, comece a tomar passiflora (uma
espécie de remédio natural feito na farmácia local) todos os dias e medite
diariamente nesta sala.” Nos três dias da semana em que João fazia seus
atendimentos, Matthew ia para a sala meditar. Ele planejava ficar um mês em
Abadiânia, meditando todos os dias.
Em
uma das sessões, Matthew sentiu uma mão tocar a sua e levá-la até a sua cabeça.
Ele deixou a mão repousar, mas foi baixando-a aos poucos. O estranho pegou de
novo a mão de Matthew e, desta vez, pressionou-a por mais tempo. Matthew
entendeu o recado. Deixou sua mão repousar bem na região do tumor e, segundos
depois, sentiu uma energia percorrer todo o seu corpo, como da primeira vez no
hotel. Horas após, ao sair do transe, olhou para a pessoa ao lado e agradeceu.
“Como você sabia que eu tenho um tumor cerebral e levou a minha mão à cabeça?”,
perguntou. O desconhecido não sabia de nada. Atribuiu aos “espíritos” a ação.
Dos
pacientes que procuram a Casa, muitos ficam apenas alguns dias. Outros, como o
americano, permanecem por longos períodos ou fazem visitas regulares por
recomendação expressa de João de Deus. Matthew sentia falta da família e dos
amigos, sentia-se um fardo por estar sendo sustentado pelos pais, mas aquela
era sua única alternativa. Depois de um mês de meditação e passiflora, o médium
o chamou para a primeira cirurgia espiritual sem cortes. O americano ficou na
sala de meditação com outras pessoas recebendo aquilo que os presentes
acreditam ser uma “corrente energética poderosa” de João de Deus. O
procedimento é chamado de cirurgia porque, segundo os crentes, os espíritos que
encarnam no médium lançam mão de métodos análogos ao de uma operação de
hospital, mas trabalham apenas sobre a “energia” dos pacientes. Cortam, desbloqueiam
ou reparam o “fluxo energético” dos doentes – tudo à distância.
Nas
poucas interações que teve com o médium brasileiro, Matthew notou algo curioso.
João de Deus nunca chamara sua doença de “câncer”. Uma vez apenas disse que ele
tinha “algo poderoso na cabeça”. Em um das sessões de meditação, João de Deus
colocou suas mãos na cabeça de Matthew, e ele sentiu novamente uma energia
intensa percorrer seu corpo. Já haviam se passado mais de três meses da sua
chegada ao Brasil e o visto de turista de Matthew estava expirado. Ele voltou
aos EUA e sua família ficou surpresa ao vê-lo tão bem. Eles não hesitaram em
pagar a passagem para Matthew voltar. Ele foi e voltou dos Estados Unidos ao
Brasil durante um ano inteiro.
Quando
retornou à terra natal, depois de um ano longe de casa, seus médicos pediram
para vê-lo. Matthew não queria fazer a ressonância. Tinha medo que o tumor
estivesse maior e que isso acabasse com a sua fé e a da sua família. Ele adiou
a data do exame por mais um ano até se sentir pronto. O resultado que receberia
lhe deu uma injeção de fé. O tumor ainda estava lá, mas tinha diminuído
consideravelmente. Uma das amigas de Matthew, que era médica, viu o exame e lhe
telefonou. “Ela me disse para continuar fazendo o que eu estava fazendo, não
importasse o que fosse”, lembra. Ele voltou à Abadiânia e à sua terapia de
meditação e passiflora.
No
retorno à Casa Dom Ignácio, Matthew conheceu uma brasileira que havia ido em
busca de conforto emocional. Ela acabara de perder seu irmão de câncer e ainda
chorava a morte do pai anos antes, vítima do mesmo tipo de tumor de Matthew.
Eles sentiram uma forte e estranha conexão. Neste período, Matthew quis se
submeter à cirurgia com cortes. Estava disposto a fazer o tratamento heterodoxo
completo. Mas, quando chegou diante de João de Deus, ouviu em tom enfático:
“Você precisa de um tratamento espiritual e eu preciso que você volte para lá
(à sala de meditação).” Matthew obedeceu e, durante um ano, meditou, fez
cirurgias espirituais e namorou com a brasileira, que pouco mais tarde se
tornaria sua mulher.
Quase
dois anos depois de sua primeira ida à Casa Dom Ignácio, durante a sessão usual
de meditação, João de Deus se aproximou de Matthew. Pegou sua mão e o levantou
do chão. Levou Matthew junto com ele até o meio da tradicional sala de
meditação e ordenou, com a ajuda de um intérprete: “Agora, encare essas pessoas
e diga exatamente o que o trouxe aqui dois anos atrás e o que exatamente você
não tem mais.” Era a primeira vez que João de Deus falava algo parecido.
Matthew
relatou sua história em detalhes. Contou que a medicina considerava seu câncer
incurável e inoperável, que recebera um prognóstico terrível de que teria, no
máximo, dois anos de vida. Mas que ele estava há dois anos em tratamento com
João de Deus e não sentira qualquer dor nesse período. “Foi o melhor dia da
minha vida”, lembra. João de Deus pediu que Matthew voltasse logo aos EUA para
fazer uma ressonância magnética e trouxesse como prova de que o tumor havia
realmente sumido. “Isso vai ser muito importante para muitas pessoas no
futuro”, disse o médium. Matthew obedeceu. Voltou aos EUA com a mulher, fez o
exame e não havia mais sinal do tumor. “Foi um milagre”, disse. A cura de
Matthew Ireland é considerada a mais impressionante do currículo do médium brasileiro.
https://super.abril.com.br/comportamento/o-caso-espetacular-das-curas-espirituais
Comentários
Postar um comentário