A ORIGEM DO PAPEL
A palavra papel vem do
latim papyrus e faz referência ao papiro, uma planta que cresce nas margens do
rio Nilo no Egito, da qual se extraia fibras para a fabricação de cordas,
barcos e as folhas feitas de papiro para a escrita. Quando a escrita surgiu, há
mais de 6 mil anos atrás, as palavras eram inscritas em tabuletas de pedras ou
argila. A forma mais primitiva de escrita era a cuneiforme. Por volta de 3000
a.C., os egípcios inventaram o papiro.
Depois vieram os
pergaminhos feitos de couro curtido de bovinos, bem mais resistentes. Finalmente, o papel seria inventado na China
105 anos depois de Cristo (d.C.), por T’sai Lun. Ele fez uma mistura umedecida
de casca de amoreira, cânhamo, restos de roupas, e outros produtos que
contivesse fonte de fibras vegetais. Bateu a massa até formar uma pasta,
peneirou-a e obteve uma fina camada que foi deixada para secar ao sol. Depois
de seca, a folha de papel estava pronta! A técnica, no entanto, foi guardada a
sete chaves, pois o comércio de papel era bastante lucrativo. Somente 500 anos
depois de o papel ter sido inventado, os japoneses conheceram o papel graças
aos monges budistas coreanos que lá estiveram.
Em 751 d.C, os chineses tentaram conquistar
uma cidade sob o domínio árabe e foram derrotados. Nessa ocasião, alguns
artesãos foram capturados e a tecnologia da fabricação de papel deixou de ser
um monopólio chinês. Mais tarde, os mouros invadiram a Europa, mais
precisamente a Espanha e lá deixaram uma forte influência cultural e
tecnológica. Foi assim, que os espanhóis conheceram também a técnica de dobrar
papeis que ficou conhecida como papiroflexia.
O processo básico de fabricação de papel criado por T’sai Lun foi sendo
sofisticado e que possibilitou uma imensa diversidade de papeis quanto à
texturas, cores, maleabilidade, resistência, etc.
Fonte:http://wikis.lib.ncsu.edu/index.php/Chinese_Invention_of_Paper_and_Papermaking_-_Sam_Lipes_and_Travis_Bernard
A fibra vegetal que
nos referimos antes é à celulose, um dos principais constituintes da plantas e
um polímero formado de pequenas moléculas de carboidratos, a glicose. A
celulose pode também ser usada para a fabricação de tecidos quando extraída do
algodão, cânhamo, chita ou do linho. Potencialmente, qualquer planta produtora
de celulose é fonte de matéria-prima para a produção de papel.
Você sabia que para
produzir 1 tonelada de papel são necessários, em média, 24 árvores? A
quantidade e a qualidade do papel vão determinar o tipo de madeira e de planta
que será utilizada. Atualmente, a produção de papel industrial usa duas
espécies de árvores cultivadas em larga escala: o pinheiro (Pinus sp.) e o
eucalipto (Eucalyptus sp), ambas originárias,
respectivamente da Europa e da Austrália. O papel feito a partir de
madeiras de reflorestamento ajuda a amenizar as práticas de desmatamento e
ajuda a preservar as florestas naturais. Outra prática que atenua as
problemáticas ambientais devido ao consumo de papel é a sua reciclagem,
processo que ainda não ocorre de forma plena, inclusive no Brasil. Veja essa
matéria no site do IDEC (Instituto de Defesa do Consumidor).
http://www2.ibb.unesp.br/Museu_Escola/Ensino_Fundamental/Origami/Documentos/indice_origami_papel.htm
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