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Mussum



Antônio Carlos de Santana Bernardes Gomes, mais conhecido como Mussa, Mumu da Mangueira, Grande Pássaro, Azulão, Azeitona, Caco, Cromado, Cabo Fumaça, Maisena, nasceu no dia 7 de abril de 1941, no Rio de Janeiro, RJ e faleceu no dia 29 de julho de 1994 (53 anos), em São Paulo, SP

Ele foi humorista, músico, ator, cantor e compositor
Foi casado com Leny Castro dos Santos (1965– 1969), Neila da Costa Bernardes Gomes (1972–1994)
Na indústria musical, integrou o grupo de samba Os Originais do Samba em meados da década de 60.
 Como humorista, fez parte do célebre grupo Os Trapalhões.
Mussum teve origem humilde: nasceu no Morro da Cachoeirinha, no Lins de Vasconcelos, zona norte do Rio de Janeiro. Estudou durante nove anos num colégio interno, onde obteve o diploma de ajustador mecânico. Serviu na Força Aérea Brasileira durante oito anos, ao mesmo tempo em que aproveitava para participar da Caravana Cultural de Música Brasileira de Carlos Machado. Mussum iniciou sua carreira artística tocando reco-reco no grupo Os Modernos do Samba.
Fundou o grupo Os Sete Modernos, posteriormente chamado Os Originais do Samba. O grupo teve vários sucessos[quais?]. As coreografias e roupas coloridas os fizeram muito populares na tevê, nos anos 1970, tendo o grupo se apresentado em diversos países. Antes, nos anos 1960, foi convidado a participar de um show de televisão, como humorista. De início, recusou o convite, justificando-se com a afirmação de que pintar a cara, como é costume dos atores, não era coisa de homem. Finalmente, estreou no programa humorístico Bairro Feliz (TV Globo, 1965). Consta que foi nos bastidores deste show que Grande Otelo lhe deu o apelido de Mussum, que origina-se do muçum, um peixe teleósteo sul-americano: como o peixe, Mussum era escorregadio e liso, já que conseguia facilmente sair de situações estranhas.
Em 1969, o diretor de Os Trapalhões, Wilton Franco, o viu numa apresentação de boate com seu conjunto musical e o convidou para integrar o grupo humorístico, na época na TV Excelsior. Mais uma vez, recusou: entretanto, o amigo Manfried Santanna (Dedé Santana) conseguiu convencê-lo, e Mussum passou a integrar a trupe em 1973.
 Na época, ainda era um trio, pois Zacarias entraria no grupo depois, em 1974. O grupo terminaria tornando-o muito famoso em todo o país.
Apenas quando Os Trapalhões já estavam na TV Globo, e o sucesso o impedia de cumprir seus compromissos, é que Mussum deixou os Originais do Samba. Mas não se afastou da indústria musical, tendo gravado discos com Os Trapalhões e até três álbuns solo dedicados ao samba. Uma de suas paixões era a escola de samba Estação Primeira de Mangueira: todos os anos, sua figura pontificava durante os desfiles da escola, no meio da Ala de baianas, da qual era diretor de harmonia. Dessa paixão, veio o apelido "Mumu da Mangueira". Também era rubro-negro fanático.
Antônio Carlos Bernardes Gomes, o Mussum, se dedicou às campanhas sociais a favor dos portadores de deficiência visual, promovendo a doação de córneas em 1981, durante o especial Os Trapalhões - 15 anos, a favor dos desabrigados da seca do Nordeste, de 1983 até 1985 nos especiais SOS Nordeste e também, a favor das crianças e dos adolescentes em todo o Brasil, promovendo o lançamento do show Criança Esperança em 28 de dezembro de 1986, durante o especial 20 Anos Trapalhões - Criança Esperança.
O Trapalhão Mussum
Mussum foi considerado, por muitos, o mais engraçado dos Trapalhões. No programa, popularizou o seu modo particular de falar, acrescentando as terminações "is" ou "évis" as palavras arbitrárias (como forévis, cacíldis, coraçãozis) e pelo seu inseparável "mé" (que era sua gíria para cachaça). A personagem que vivia no programa Os Trapalhões tinha, como característica principal, o consumo constante de bebidas alcoólicas, em especial a cachaça.
Mussum se celebrizou por expressões onde satirizava sua condição de negro, tais como "negão é o teu passádis" e "quero morrer prêtis se eu estiver mentindo", além de recorrentes piadas sobre bebidas alcoólicas. Também criou outras frases hilariantes, que se popularizaram rapidamente, como "eu vou me pirulitazis (pirulitar)", quando fugia de uma situação perigosa, ou "traz mais uma ampola", pedindo cerveja, ou "casa, comida, três milhão por mês, fora o bafo!", passando uma cantada em uma mulher bonita, ou ainda "faz uma pindureta", pedindo fiado.
Sua personagem constantemente brincava com os outros membros do grupo, inclusive inventando apelidos divertidos (Didi Mocó era chamado de "cardeal" ou "jabá", e Zacarias era chamado de "mineirinho de Sete Lagoas"). Também era alvo de gozações por parte dos demais membros do grupo, recebendo apelidos como "cromado", "azulão", "grande pássaro", "Maizena", "Fumaça" ou "Cabo Fumaça", dentre outros, sempre ficando evidente, entretanto, que as brincadeiras e gozações eram feitas num ambiente de amizade entre os quatro, uma vez que, na maioria dos quadros do programa de tevê, os Trapalhões eram sempre quatro amigos que dividiam uma casa ou apartamento, sendo normal, portanto, que eles constantemente dirigissem gozações e criassem apelidos entre si.
Mussum morreu em 29 de julho de 1994, aos 53 anos, vítima de complicações ocorridas após um transplante de coração.
Nos anos 1970 e 1980, Mussum era um dos poucos artistas negros na tv. O humorista nunca foi esquecido pelo grande público que conquistou, permanecendo, até hoje, muito vivo e presente na memória de seus admiradores, principalmente na cidade do Rio de Janeiro, tendo sido lembrado em uma série de camisetas lançadas na cidade com a imagem estilizada de Mussum e a inscrição "Mussum Forevis".

https://pt.wikipedia.org/wiki/Mussum



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