UMA
LIÇÃO DE AMOR
Adaptado por Defoncha
Rio de Janeiro,19 de
abril de 2020
Antes de
maio de 2008,enxergava bem com a minha vista boa, que era de 80%,eu
assinava a revista Seleções para manter informada do mundo, e também comprava
outra revista não me lembro o nome.
E até então, nessa pandemia, eu comecei a
adiantar os temas do blog, para que depois não me aborrecer.
Me lembrei desse assunto,que muito me
interessou, como estão as únicas trigêmeas surdas cegas,pois daqui a poucos
dias, elas farão 20 anos.
Essa
revista foi do ano 2009, já começava a apresentar o começo da minha piora.
E vou começar a organizar melhor o
conteúdo, pois sáo duas reportagens que não se encaixaram em uma só, que foram
editadas em anos diferentes.
Vou contar através da adaptação desde o começo,alguns,pois o texto
é muito grande.
Liz e George se conheceram na faculdade e
começaram a namorar.
Como eles eram jovens,ele tinha 21 anos e
Liz tinha 19,todo relacionamento tinha altos e baixos, até aí nada de mais.
Liz, apesar de estar estudando na faculdade
e ter namorado com George por dois anos, ela teve um convívio familiar
difícil,então, como não tinha dinheiro para pagar a faculdade,ela entrou para o
Corpo de Fuzileiros Navais e conheceu outra pessoa,sendo seu marido e pai
biológico de quatro filhas.
O tempo passou e no dia 30 de abril de
2000, Liz teve trigêmeas idênticas que nasceram de um parto prematuro,apenas na
24ª semana de gravidez,ou melhor, com apenas seis meses, passaram os primeiros
meses de vida no hospital.
(...)
Depois de passar meses na UTI Neonatal, as
três irmãs Zoe, Sophie e Emma Dunn, com
apenas quatro meses, tiveram alta e foram para casa.
No começo, Liz só sabia que as trigêmeas
eram cegas.
Então, interrompeu sua carreira de produtora
de vídeo para cuidar delas. Seu complicado primeiro casamento entrou em
parafuso: ela e o marido acabaram se separando.
(...)
Só quando as três meninas estavam com 1 ano
e 8 meses é que Liz percebeu que tinha algo
errado.
Elas começavam a aprender a pronunciar as
primeiras palavras e dar os primeiros passos, de repente, pararam de falar e
até de se sentar.
As três desabavam no chão, batendo a cabeça
com força.
Quando
a mãe recebeu os resultados,ela se
deitou no chão da sala de estar e começou a gritar. "Eu tinha sonhos para elas",
conta. "Ia ensiná-las a dançar. Senti como se fosse o fim do mundo."
(...)
Com
três crianças tão dependentes para cuidar, Liz não conseguia atender às
próprias necessidades, quanto mais às de Sarah.
Acabou entrando em depressão. Foi quando,
certo dia em 2003, esbarrou no website de um ex-namorado e achou que ele
pudesse ajudá-la a encontrar um meio de seguir em frente.
George
também se tornara produtor de vídeo e morava por perto. Reunindo forças, Liz
ligou para ele.
No primeiro encontro, George confessou que
nunca a esquecera, e Liz percebeu que sentia o mesmo.
Ela esperou uma semana para contar a verdade
sobre suas filhas, com medo que ele fosse embora.
Não
foi. "Nada mais fiz nesses 32 anos senão cuidar exclusivamente de
mim", reconheceu George. "A volta de Liz mudou tudo em minha
vida."
Pelas linhas da revista, mostravam como
eram,na época as trigêmeas tinham sete anos, no quarto das trigêmeas, tem três
pequenas camas, mas Zoe acostumada a dormir numa cadeira de brinquedo em forma
de saquinho de feijão. Emma prefere a caixa de brinquedos, isso se conseguir
dormir. Tinha noites em que ela passa horas pulando e espalhando cobertas e
brinquedos, atirando o mais longe possível. Apenas Sophie, cuja pouca visão só
lhe deixava ver formas perto, fica enrolada nas cobertas durante a maioria das
noites. Para suas irmãs, "cama" não era nada.
Em um subúrbio de Houston, Texas, nas
manhãs na casa de Liz e George Hooker, costumavam ser bagunçadas.
A mãe e o padrasto das meninas acordavam às
cinco e meia.
Enquanto George arrumava o quarto, Liz dava
banho e vestia as trigêmeas.
Tinha também de adivinhar o que as meninas
queriam comer, pois, se errasse, a comida acabava no chão. No café-da-manhã,
Zoe sentava-se com a testa contra a mesa; para estimular-se, balançava-se e
produzia zumbidos e sons altos.
Emma ficava virando o rosto de um lado para o
outro.
Em
meio a tudo isso, a irmã mais velha, Sarah,na época com 11 anos, tinha dificuldade para ter atenção
dos pais. Se precisasse de ajuda com o dever de casa ou para solucionar algum
dilema social da pré-adolescência, teria de esperar.
O
ônibus escolar chegava às sete horas para levar as trigêmeas a uma instituição
especializada que parecia ter poucos
meios para ajudá-las. "Nessa época", relembra Liz, "estávamos à
beira do colapso."
(...).
Eles ouviram falar de Helen Keller, que era
inatingível igual as trigêmeas.
(...)
Em
2003, eles visitaram a Escola Perkins para Cegos, perto de Boston, onde Helen
Keller havia estudado.
Lá conheceram alunos surdos-cegos cujo
desempenho acadêmico e habilidades sociais os impressionaram.
Um dos alunos mais antigos contou a eles que,
quando mais jovem, fora igual às filhas deles. "Foi então que dissemos:
‘Agora que sabemos o que é possível fazer, não nos contentaremos com
menos’", relembra George.
Mas o custo do programa para surdo-cego –
225 mil dólares por aluno, por ano – não era coberto pelo plano de saúde e
estava muito além da capacidade do casal.(lembrando que a edição foi em 2009).
Eles fundaram DeafBlind Children’s Fund
(Fundo para Crianças Surdas-Cegas)
Em 2007, os Hookers começaram a receber
auxílio para sua causa.
(...)
De volta ao Texas, Liz e George
matricularam as filhas em vários cursos extracurriculares.
Trataram
também de encontrar sua própria Anne Sullivan.
(---)
Em uma reportagem de dois anos
antes,apareceu esse casal e suas trigêmeas.
E
lutaram contra os preconceitos que suas crianças sofriam com os comentários
maldosos, olhares curiosos e cochichos estranhos que vinham de pessoas
ignorantes.
Foi uma vida de aprendizados intensos, Zoe
e Emma aprenderam a se comunicar usando sinais, enquanto Sophie consegue falar.
Elas recebem uma bolsa da Fundação Dw. “Eu
tenho grandes sonhos para minhas filhas”, diz George.
“Eu
quero ver Emma e Zoe subirem no palco e pegarem seus diplomas. Eu sonho com o
dia em que Zoe possa tocar o rosto de Liz e entender que é a sua mãe”, termina.
Enquanto isso, Liz e George são gratos pelo
longo caminho que a família já percorreu.
http://www.portaldeacessibilidade.rs.gov.br/depoimentos/5
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