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Bem vindo Hugo!





Dalva dormia, incomodada com a gravidez,  tentando se virar, quando sentiu algo escorrer entre as pernas, logo em seguida, sentindo dor no abdômem, desesperada, viu que aquilo que descia pelas pernas, fora a bolsa que se rompeu, procurando o seu marido, acordando-o com dificuldade, sonolento, Samuel resmungou:

     __Eu não vou me levantar para pegar agua para voce, estou muito cansado.

     Dalva riu, respondendo:

     __O nosso bebê está nascendo, ainda bem que mamãe está aqui para tomar conta de Sara.

     __Meu Deus! Agora?? Deixe-me arrumar e levo você e o nosso bebê, um homem!!!

     Odete, a mãe de Dalva,  se surpreendeu quando acenderam a luz do corredor, se levantou apressada para ver o que tinha acontecido. Nem precisou perguntar, pois viu a filha se dobrar no meio com a mão na barriga, mas justo naquela madrugada chuvosa? Beijou sua filha lhe desejando boa hora!

     Aos vinte e dois do mês de janeiro de 1990, depois de mais de dez horas de parto, nascia Hugo,  os médicos não mostraram o bebê a Dalva, dizendo que ele tinha problemas respiratórios. Dalva, preocupada, fica mais tranquila quando os médicos disseram que o bebê estava bem, cansada, adormeceu!

     Horas depois, Dalva estava animada para ver o filho Hugo, enfim, uma enfermeira jovem, que trazia dois bercinhos moveis, pegou o de Dalva, e a deixou com o filho, enquanto levava o outro bercinho para outro quarto.

     Dalva ficou surpresa ao ver Hugo, com os cabelinhos louros, com olhos negros, procurando ver se ele parecia com ela ou com o pai. Não encontrou nada parecido. Resolveu perguntar para a mãe e a sogra se ele lembrava de alguem da família delas.

     Samuel entrou com Hugo nos braços, dando alegria para a irmãzinha Sara.

      As visitas ficaram encantadas com o Hugo, procurando algum vestígio que parecesse com os pais, com irmã. Nem com a família da mãe ou dos sogros. Dalva nem ligava para isso. Mas, Samuel, estava incomodado.

     Apesar do incomodo, ao chegar do trabalho, ver os sorrisos de seus filhos o recompensava.

     Samuel sente um amor incondicional pelo Hugo, esse assim que o via, abria um sorriso, caindo em gargalhadas o contagiando.

     As crianças cresciam rodeadas com amor, alegria e educação severa, pois percebera em Sara uma pequena rebeldia, que a sogra de Dalva confirmara que Samuel e Silvio também eram assim, rebeldes, confirmados pelo sogro, que dizia rindo:

     __Quantas vezes tentei me segurar para não bater em meus filhos? Eram terríveis! Só melhoraram depois que os dois fizeram 16 anos. Nos deram sossego.E acho que Hugo não dará trabalho, pois vejo nos olhos dele, uma obediência natural, em que acho que vocês nem precisam se dar ao trabalho de levantar a voz!

     O casal de pais de Hugo fica orgulhoso das palavras de Roberto.

(...)

 (meu livro de historia não publicado)       

 



 

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