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JORNAL DE DEFONCHA

Chico Mendes




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   Francisco Alves Mendes Filho,nasceu no dia    15 de dezembro de 1944, em Xapuri, Acre
   Ele foi seringueiro, sindicalista, político e ativista ambiental
   Lutou a favor dos seringueiros da Bacia Amazônica, cuja subsistência dependia da preservação da floresta e das seringueiras nativas.
Seu ativismo lhe trouxe reconhecimento internacional, ao mesmo tempo em que provocou a ira dos grandes fazendeiros locais.   ‘
Começou no ofício de seringueiro ainda criança, acompanhando o pai em incursões pela mata.
 Aprendeu a ler aos 19 anos, já que na maioria dos seringais não havia escolas, e tampouco os proprietários de terras tinham intenção de implantá-las em suas propriedades.
 Segundo relato próprio, foi o militante comunista Euclides Távora, — que participara no levante comunista de 1935 em Fortaleza e na Revolução de 1952 na Bolívia —, que o ensinou a ler. Após retornar ao Brasil, Távora fixou residência em Xapuri, onde se tornou o alfabetizador de Mendes.
Chico Mendes iniciou a vida sindical em 1975, como secretário geral do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Brasiléia.
 Em 1977 participou da fundação do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Xapuri, sendo eleito vereador pelo Movimento Democrático Brasileiro (MDB) local.
Recebe, então, as primeiras ameaças de morte por parte dos fazendeiros, o que lhe rende problemas com seu próprio partido, descompromissado com as causas pelas quais Chico Mendes lutava
Acusado de subversão, é preso e torturado mas, sem apoio algum das lideranças políticas locais, não consegue registrar na Polícia a ocorrência da tortura da qual fora vítima.
 Candidato a deputado estadual pelo PT em 1982, não conseguiu se eleger.

No ano seguinte, Chico Mendes recebeu a visita de alguns membros da Organização das Nações Unidas (ONU) em Xapuri.
 Denunciou-lhes que projetos financiados por bancos estrangeiros estavam levando à devastação da floresta e à expulsão dos seringueiros.
Os financiamentos a tais projetos acabaram sendo suspensos e Chico Mendes foi acusado por fazendeiros e políticos locais de "prejudicar o progresso", acusações que não convencem a opinião pública internacional.
Alguns meses depois, recebeu vários prêmios internacionais, dentre eles o Global 500, oferecido pela ONU por sua luta em defesa do meio ambiente.
Ameaçado e perseguido pelos membros da então recém-criada União Democrática Ruralista (UDR), percorreu o Brasil participando de seminários, palestras e congressos onde denunciava as intimidações que os serigueiros estavam sofrendo.
Após a desapropriação do Seringal Cachoeira, de Darly Alves da Silva, agravaram-se as ameaças de morte contra Chico Mendes que, por várias vezes, veio a público denunciar seus intimidadores.
Ele deixou claro às autoridades policiais e governamentais que estava correndo risco de morte e que precisava de proteção, mas seus alertas foram minimizados pela imprensa
No 3º Congresso Nacional da Central Única dos Trabalhadores (CUT), voltou a denunciar sua situação. Atribuiu a responsabilidade pelo aumento da violência no campo ao advento da UDR. A tese que apresentou em nome do Sindicato de Xapuri, Em Defesa dos Povos da Floresta, foi aprovada por aclamação pelos quase seis mil delegados presentes. Ao término do Congresso, Mendes foi eleito suplente na direção nacional da CUT. Assumiria também a presidência do Conselho Nacional dos Seringueiros a partir do 2º Encontro Nacional da categoria, marcado para março de 1989, porém não sobreviveu até aquela data.
Em 22 de dezembro de 1988, exatamente uma semana após completar 44 anos, Chico Mendes foi assassinado com tiros de escopeta no peito na porta dos fundos de sua casa, quando saía para tomar banho.
Quatro dias antes da morte do ativista, o Jornal do Brasil se recusou a publicar uma entrevista na qual Chico Mendes denunciava as ameaças de morte que havia recebido.
 A direção do jornal considerou que o entrevistado era desconhecido do grande público e que politizava demais a questão ambiental, optando por não publicar a matéria. Com a consumação das ameaças, o jornal finalmente publicou a entrevista, que seria a última de Chico Mendes, no 1º caderno da edição de natal daquele ano, seguida de um editorial na primeira página, algo um tanto incomum.

https://jornalggn.com.br/fora-pauta/a-entrevista-que-teria-salvo-a-vida-de-chico-mendes
Após o assassinato do líder extrativista mais de trinta entidades — sindicalistas, religiosas, políticas, de direitos humanos e ambientalistas — se reuniram para formar o Comitê Chico Mendes.
Elas exigiam, através de articulação nacional e internacional e de pressão aos órgãos estatais, que os autores do crime fossem punidos.
 Em dezembro de 1990, a justiça condenou os fazendeiros Darly Alves da Silva e seu filho, Darcy Alves Ferreira a 19 anos de prisão pela morte de Chico Mendes
A principal testemunha do caso foi um empregado de 13 anos da fazenda de Darly, Genésio Ferreira da Silva






COMENTÁRIOS DE DEFONCHA

Esse lutou bravamente para salvar a floresta,preservando o meio ambiente.
   Lutou pelos direitos humanos de seringueiros, tendo as suas árvores, as seringueiras, o seu ganha pão de cada dia, sendo corajoso ao denunciar as ameaças de morte através da impresa, do Congresso, da ONU.
   Foi um verdadeiro herói.Merece ser homenageado no Livro de Aço.






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