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HISTÓRIA DA PRIMEIRA VACINA DO MUNDO


Edward Jenner iniciou o combate ao vírus da varíola; processo foi descoberto 100 anos antes de que o mundo tomasse conhecimento sobre o que eram os vírus.

Enquanto a varíola castigava principalmente as crianças, Jenner buscava a solução para a vacina em um vírus semelhante que ocorria em vacas —

Em 14 de maio de 1796, cem anos antes de que o mundo soubesse o que são os vírus, o médico rural inglês Edward Jenner descobriu a primeira vacina, capaz de combater um dos piores deles. Foi usando o vírus de uma doença adquirida da vaca, que provocava lesões muito similares à varíola, que ele conseguiu criar o medicamento capaz de combater essa doença.

 

A varíola era uma ameaça gigantesca à humanidade e a batalha contra ela era travada há séculos. Sabe-se hoje que esta foi a doença viral que mais matou na história. “Era tida como o ‘horror’ da época! Só para fazer uma comparação: o novo coronavírus tem uma taxa de letalidade global de 6,5%, a varíola tinha taxas de 30%”, contextualiza a virologista Clarissa Damaso, assessora da Organização Mundial da Saúde (OMS) para pesquisas sobre o vírus da varíola.

O impacto da enfermidade impressionava, principalmente, pelas pústulas provocadas no corpo, bolhas com pus que apareciam pela pele. Jenner, então, resolveu testar algo que outros cientistas já haviam observado com relação a este sintoma: mulheres que ordenhavam vacas, na Inglaterra, eram conhecidas pela beleza e não apresentavam as marcas da varíola, muito recorrentes em grande parte da população.

Acreditando que as ordenhadoras que haviam adquirido das vacas uma doença semelhante, porém mais branda, estavam protegidas contra varíola, há 224 anos, o médico fez um experimento ousado (e irresponsável, diante dos moldes sanitários atuais): retirou a substância da lesão de uma dessas mulheres e inoculou em uma criança de 8 anos, James Phipps, filho de seu jardineiro. Seis semanas depois, no outro braço da criança, inseriu o próprio vírus da varíola e o garoto não adquiriu a doença!

“É um raciocínio científico perfeito e um experimento que fazemos até hoje chamado de ‘desafio’. Nele você deve provar que algum vírus pode ser vacinal. Claro que, atualmente, não se faz isso com humanos”, explica Damaso. O pai da imunologia repetiu os testes e, em dois anos, apresentou resultados em 21 testes diferentes. Em 1800, o processo ganhou nome: "vacinação", em referência a ser derivado da "vaca".

https://g1.globo.com/sp/campinas-regiao/terra-da-gente/noticia/2020/05/25/conheca-a-historia-da-primeira-vacina-do-mundo-descoberta-ha-224-anos-na-inglaterra.ghtml

 



 

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